Nesta terra de tez assolada
vi gigantes ficarem pequenos
houve pele jovem e enrugada
vi anões de grande sentimento
Encostei a cabeço em seu peito
e senti o todo do seu alento
usei o seu próprio oxigênio
sou antropofágo dos bons ares
Sou soneto de verso não enterrado
fusiono o gás hélio dos aflitos
sou mero versículo sem capítulo
De um almanaque fui escritor
documentei a mazela e a alegria
sentimentos sempre ao meu redor.
Autor: Lucas Vinícius da rosa