Ouviu-se dizer que os poetas não vão para o céu. Talvez seja meu epitáfio, tamanha confusão dos questionamentos díspares que permeiam os sonhos. O que diria Froid se navegasse pela nossa mente? Por certo, total satisfação não veríamos naqueles olhos. Assumindo nossa insignificância, o último gole de vinho seria seco, tendo assim, roubado toda benevolência das nossas cordas vocais. O último grito seria tomado de silêncio, sem rima, métrica e longe dos meados angelicais. E ainda, se falasse a língua dos homens, ou falasse a língua dos anjos, sem temor, nada seria.
Autor: Armindo Guerra Jr.