A única consciência que não pesa
é aquela que não vive;
O anteparo do quadro retratado
seria a musa sempre presente
ao pintor que ainda não faleceu?
A concepção de tudo soa até
como uma oração; ora, e eu aqui
tão só desejando não definir,
mas nisto já orando…
Quando o seu querer se tornar
o meu, isto não é quem não sou?
Ou seja, quantos quadros cientes
e conscientes eu próprio pintei?
E quantas musas inventei?
Autor: Lucas Vinícius da Rosa