Num vislumbre assimilo a imagem recortada de meus amigos
Como quando fazíamos tudo e qualquer coisa
Amarela era a cor da nossa loucura
Amizade às vezes é um tempo…um tempo que nunca volta
Revolto-me contra o que não volta
Contra às hoje somente lembranças de outrora
O tempero é amarelo
Presencio, novamente, falta do antes agora
Tínhamos vodca, mulheres e cigarro
Porém repercutíamos, sobretudo, alegrias mundo afora
Um mundo pequeno, meramente uma ilha
Todavia grande para quem nela aporta
Cores, casas, moreiras, mais bebidas
Amarelo, hospício, amigos, menos sobriedade
Faço-me, então, pintado, louco, camarada e bêbado
Interpreto-me, então, como um nostálgico intrépido
Nostalgia de um período embrionário, cantado
A partir da mais sublime música da vida,
som desvairado
Portador da frequência mais afinada, embriagada
No final das contas, porém, são saudades bem sentidas
Baseadas na fotografia da juventude de teor amarelado
Moreiras ensandecidos, meus amigos
No presente, já sinto falta de vocês no passado
Autor: Lucas Vinícius da Rosa