As nuvens choram fios de cristal
Os lagos de meu peito se inundam
Os meandros do que me é visceral
São o que meus demônios estudam!
Na esquina, um filósofo da cólera
Alega ser a morte o incontrolável
E com isso toda esperança devora,
Mas não a minha, que é irrevogável
Minha morte nasce sempre no agora;
Ato as pontas da vida nada fúnebre
Pela asas que per-voam mundo afora
Sangra das alturas a minha virtude
E pinta no céu azul seu vermelho;
Ó poeta de tão sangrento espelho!
Autor: Lucas Vinícius da Rosa