Ah, confesso minha culpa
use-me ao seu subterfúrgio
sou do seu crime uma fuga
uma vítima do seu prelúdio
Você é meu último litígio
não almejo reconcialiação
fosse você ótimo arbítrio
seria eu sua ótima decisão
Naturalmente eu era livre
até encontrar sua clausura
em cuja algema me detive;
você é minha escravatura
Sinto melhor meus pulmões
diante de vasta atmosfera
fecundam-se vários embriões
nasce em mim seu ar de fera
Venha, arranhe-me sua pantera!
Venha, furte-me qualquer ar!
Venha, trucide meus sentidos!
Vá, escreva meus livros!
Autor: Lucas Vinícius da Rosa