Quando a confusão sentir-se confusa de si mesma, então, poderíamos nós, talvez, esperar por um entendimento concreto de algo. Claro, não consideremos o fato de nos confundirmos com sentimentos e cores que os daltônicos julgariam confusos por si só. Até mesmo, porque tons rubro-verdes sobrepõem-se o tempo todo em nosso caminho. Por outra perspectiva, aqueles não daltônicos, dotados do discernimento de tons diversos, não enxergam nem mesmo as próprias cores que sobrepujam suas concepções mais concretas, quanto menos as abstrações menos constantes. Prolixidades a parte, daltônicos e não daltônicos, não deveriam fazer distinção de cor, quando o assunto trata-se de relação humana. Somos muito mais que a cor da própria pele. Somos, certamente, mais que a ancestralidade africana, italiana ou germânica. Somos, sobretudo, o brilho dos nossos próprios olhos.
Autor: Armindo Guerra Jr.