Hoje acendeu-se uma vela
cuja chama assim ilumina
parte pequena do grande caixão
eis o que ocorreu:
faleceu a civilização
Enterramos vários de nossos hábitos
habitamos, e somos pragmáticos,
a terra dos desconsolados
rogamos o céu com olhos vendados
ainda que a terra esteja abaixo!
A vela está queimando rapidamente
há pouca luz para quem no caixão…
se estende
a civilização nunca aprende
morre sempre e sempre e sempre
Civilizados até um certo ponto:
pontual no ínicio do sentimento.
E o defunto de paletó animal
jaz, vociferal, no leito carnal
A vela sepultou a humanidade
soltou fagulhas em sua direção
a virtude do amor foi queimada.
Prefeririu-se repousar no caixão.
Autor: Lucas Vinícius da Rosa