São os vivos a quem me refiro
aos que queimam as mãos no fogo
aos que choram lágrimas reais
aos que mentem e amam demais
Porque os mortos não lêem sonetos
não pensam, não olham, não tem medo
não cheiram, nem guardam segredo
e mesmo assim não os esquecemos
Portanto viventes, que vivam!
não há demérito não queda
sobretudo, se o salto for astuto
E os mortos, que caiam!
simles assim, queremos vida
sejamos lembrados antes do fim
Autor: Armindo Guerra Jr.